Neste artigo, você vai entender o avanço das indústrias brasileiras na corrida por uma maior eficiência energética, assim como o papel da manutenção preventiva nesse contexto e quais soluções têm sido apresentadas para tornar a manufatura mais sustentável e econômica.
De todo o consumo de energia no mundo, 54% é consumida pelo setor industrial, sendo apenas 38% no processo de manufatura propriamente dito. Interessante que 42% do consumo de energia nas indústrias é desperdiçado — um dado alarmante que tem gerado discussões importantes no que se refere à sustentabilidade.
Inclusive, o setor de energia tem sido um tema prioritário no Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022 e na Agenda Legislativa da Indústria, extensamente considerada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No Brasil, o setor formado pelas indústrias de transformadoras e de base é responsável por 33% do consumo energético nacional, um número bastante significativo. Esse dado foi divulgado no Balanço Energético Nacional pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O relatório acrescenta que temos uma vantagem importante em relação aos demais países industrializados: já empregamos um volume considerável de fontes sustentáveis de energia nas indústrias.
Apenas para ilustrar, segundo a EPE, o bagaço de cana, o licor negro e outras biomassas juntos geram 40% da energia que movimenta as indústrias brasileiras. Além disso, 75% da energia elétrica utilizada vêm de fontes renováveis, como hidráulica e eólica.
Na contrapartida desse avanço, em três anos, o desperdício de energia no Brasil somou R$ 61,7 bilhões, conforme relatório apresentado pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco). Que medidas podem ser tomadas então?
Um dos conceitos empregados para diminuir esse desperdício é o de eficiência energética, que compreende alcançar o mesmo resultado, utilizando menos energia. Uma das ações relacionada a esse conceito, que qualquer indústria pode implementar, é a manutenção preventiva.
A manutenção preventiva garante diversas vantagens a indústria. Afinal, a manutenção não serve apenas para resolver problemas, mas também para prevenir falhas. Ela acontece em intervalos pré determinados e sua periodicidade varia a cada tipo de instalação e sua complexidade.
Os benefícios vão desde a redução com contas de energia, até a melhoria da eficiência dos equipamentos, aumento da vida útil de máquinas e equipamentos, entre outros. Abaixo, listamos como a eficiência energética traz ganhos para vários stakeholders:
Área | Resultados |
Empresas |
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Colaboradores |
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Sociedade |
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Setor Elétrico |
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Um exemplo de eficiência energética é quando o equipamento opera sob condições ideais, conforme as orientações do manual e com peças genuínas, é possível alcançar maior eficiência energética e produtiva. Por exemplo, quando não se troca o elemento separador de um compressor (que separa óleo e água), o equipamento perder até 1 bar de pressão, o que representa um acréscimo de 7% no consumo energético.
Além da manutenção, existem soluções que são capazes de fazer a fábrica trabalhar de modo mais sustentável e com um menor custo energético:
As alternativas para garantir um aproveitamento mais inteligente da energia nas indústrias devem ser estudadas pelos gestores a fim de assegurar processos menos custosos e, ao mesmo tempo, sustentáveis, em respeito ao meio ambiente.
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